NOSSO AMOR

 

                                                                      Para Ruth.

 

Há muito tempo que não fico tanto

Sem escrever soneto e sem saudade,

De versejar cansado, o meu espanto

Transforma-se em surpresa pela idade.

 

Quantas vezes sonhei sem ter sonhado,

Contá-las eu não sei, nem saberei,

Cavaleiro presente,  no passado,

Cavalgando meus versos, eu fui rei.

 

Hoje, caminho numa curta estrada,

Bengala por suporte em meu andar,

Mas inda vejo bela, na sacada,

Aquela que, na vida, foi meu par.

 

O nosso amor assim, sempre profundo,

Navega, calmamente, pelo mundo.

 

 

Céus de Porto Alegre, 08/04/2014.