CANTO VII

I

Concordes os três monarcas
Partiram atrás das areas
Onde a Verdade era escrava.
Os dois príncipes à frente,
Mostravam que ser valente
É próprio de gente brava.

II

Foram os três reis e os dois,
Não deixaram p’ra depois Libertar esta rainha,
Cujo mistério é segredo,
Porém que elimina o medo
A quem p’ra luta caminha.

III

O gigante e sua tropa
Vendo a gente que galopa,
Com gritos ao seu encontro,
De pavor acovardou-se,
Tendo a Verdade täo doce
Com o bem seu reencontro.

IV

Fugiu pra sempre o gigante
E não mais um viajante
Dele e os seus ouviu falar,
Dizem que, ao deixar os arcos,
Embarcou em muitos barcos
E foi muito além do mar.

V
A Verdade disse então
Aos três reis que a salvação
Dar-lhes-ia recompensa,
Ensinaria a bondade,
Como igual jamais se há-de
Conhecer assim tão densa.

VI

Os três reis no coração,
Os dois reis mais o dragão
Receberam da Verdade
A força pro bem do povo,
Pois não há nada mais novo
Que nela ter liberdade.

VII

E os três reinos inimigos
Tornaram-se então amigos,
Pois descobriram que os reis
Só são bem reis de verdade
Se para a comunidade,
Servirem, sendo fiéis.

VIII

E a gente muito feliz,
Cada povo em seu país,
Encontraram seu atalho,
Pois a Verdade ensinara,
Que vale mais a seara
Sem guerra e só com trabalho.