MEU VELHO BARCO

 

Eu sinto, agora, saudades

De meus versos versejar,

Passam, no tempo, as idades,

Como as ondas sobre o mar.

 

Tendo Ruth de meu lado,

Vivo, tranquilo, o destino

Que forjei, no meu passado,

No meu sonho de menino.

 

Todos quero na velhice,

Num coração sem ter magoas,

Neste andar pela planície,

Onde correm claras águas.

 

Volto ao verso, uma vez mais,

O velho barco, no cais.

 

São Paulo, 14/11/2020.