Cavaleiro dos tempos passados,
Que outros tempos tu trazes p’ra nós.
Dorme o rio vestido de foz,
No carinho de seus ambos lados.
Cavaleiro da idade retroz
Nunca mais vi teus ombros cansados.
Lá se vai na distância dos fados
A tu’alma de bravo e de atroz.
Foi, no rio, que agora é senil,
Que te vi pela vez derradeira.
Foi no rio que a vida partiu.
E afundaste longínquo da beira,
Onde olhava o teu gesto viril
E afundaste, a ilusão tendo inteira.