Depois de tanto tempo escravizado
Libertei-me, Senhora, de teu mando,
Talvez bem mais servil que libertado
E não tão libertado que chorando.
Hoje sinto o prazer de todo o lado,
Em vez do mal que muito devastando
Andou-me e que me fez desenganado
Desde a idade que vem não sei de quando.
Hoje, data de teu aniversário
Perdeste de minha alma o bom rosário
Das promessas que sempre te fazia,
Em mim de ti, senão teu calmo olhar,
Profundo e triste, como a dor do mar,
Restando mais de noite que de dia.